23 de set. de 2011

Série Avivamento: ORAÇÃO - Parte II

Quando nos dedicamos a orar é claro que desejamos ver as nossas orações atendidas e a Bíblia nos ensina muito a respeito da certeza de que elas serão realmente atendidas, vejamos:


A CERTEZA DE QUE ORAÇÕES SÃO RESPONDIDAS



É de grande significância que, sempre que o Novo Testamento fala de petições dirigidas a Deus, ressalta que tais petições são atendidas (Mt. 6:8; 7:7-11; 18:19; 21:22; Jo. 14:13-14; 15:7, 16; 16:23-24, 26; I Jo. 3:22; 5:14-15; Tg. 1:5). É como se as testemunhas no NT quisessem muito especialmente encorajar os homens a orarem, dando a certeza ao suplicante que Deus ouve tais pedidos. O NT tem consciência de que esta certeza conserva viva toda a oração; no caso de tal certeza se enfraquecer ou diminuir por causa da dúvida, a oração pereceria.

Qual a base dessa certeza oferecida pelo NT? Em Mt. 7:8, o fato de os pedidos serem ouvidos se declara como princípio básico do Reino de Deus.
Todo o que pede recebe. Esse princípio é o fundamento da injunção, com a promessa que a acompanha: Pedi, e dar-se-vos-á. Deus é o pai que ama os Seus mais do que um pai terrestre ama seus filhos, e que portanto, no poder deixar que as petições deles sejam em vão, pelo contrário, dá-lhes tudo o que precisam. Existe também outra certeza que percorre a totalidade da Bíblia e que sustenta tudo o que ela diz: a certeza de que Deus é um Deus vivo que ouve e vê, e que tem o coração cheio de compaixão.

O NT ressalta repetidas vezes a lição, porém, que a oração que Deus responde deve ser o tipo certo de oração. Há alusão a isto em Mt. 7:7-8, onde os verbos buscar e bater se empregam em paralelo com pedir. Freqüentemente a Bíblia nos orienta em direção a Deus. Assim, temos um indício daquilo que se constitui a oração verdadeira.


1.Deve estar à altura da natureza d'Aquele a quem se dirige a oração; nesse caso nossos pedidos estarão em conformidade com a Sua vontade (conforme I Jo. 5:14 pedir alguma coisa de acordo com Sua vontade). Pedir algo da parte de Deus pedir a Ele alguma coisa justa e boa (Mt. 7:11). Lucas interpreta tal pedido no sentido de pedir o Espírito Santo (Lc. 11:13).
2.Deve ser feita com fé, pois nunca podemos nos esquecer da Pessoa a quem nos dirigimos: O Deus Vivo, o Onipotente para quem nada impossível (Lc. 1:37 ), e da parte de quem, portanto, pode-se esperar todas as coisas. (Veja Mt. 21:22; Tg. 1:5-6). Duvidar de Deus é fazer injustiça a Ele, pois a dúvida faz pouco de Sua divindade, julga falsamente o Seu caráter, e portanto, nada recebe da parte d'Ele (Tg. 1:7). A verdadeira oração se vincula com a fé, isto é, com a certeza de ser atendido. O NT encoraja tamanho grau de certeza, que o suplicante pode acreditar realmente que já recebeu o seu pedido no exato momento de pedir (Mc. 11:24; I Jo. 5:15). As passagens correspondentes nos escritos de João expandem a idéia de pedir com fé: este fato, segundo se nos diz, decorre das palavras d'Ele que permanecem em nós (Jo. 15:7), isto é, do fato de estarmos em comunhão tão estreita com Jesus e com Sua palavra que em nós habita, que o nosso pedido há, certamente, de ser, conforme a Sua vontade. I Jo 3:22 avança um pouco mais na esfera da ótica: Aquilo que pedimos, d'Ele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos diante d'Ele o que lhe é agradável, isto porque a nossa petição brota de uma atitude correta diante de Deus. É possível que Mt. 18:19 seja relevante nesse ponto: a oração uníssona dos discípulos indica que foram renunciados todos os desejos egoístas, pois a oração egoísta é falsa, e nada recebe da parte de Deus (Tg. 4:3; Mc. 10:35).

AS RESPOSTAS QUE DEUS DÁ
São quatro as respostas que Deus dá às nossas orações: sim, espera mais um pouco, não e o silêncio.

SIM Essa resposta será sempre obtida se observarmos os preceitos acima descritos.
ESPERA MAIS UM POUCO Esse tipo de resposta sempre nos leva a necessidade da prática da perseverança (Lc 18:1-8 ).
NÃO Uma resposta assim será o resultado de não termos pedido conforme Sua vontade, e sempre será para o nosso benefício. (Rm 8:28; Tg 4:7a)
SILÊNCIO Essa atitude de Deus pode implicar que existem impedimentos à nossa oração. (I Sm 28:6 ).

É muito importante que estejamos atentos as respostas de Deus e sempre prontos a aceitá-las com humildade e submissão, glorificando a Deus e sendo grato a Ele por tudo, mesmo que Suas respostas não sejam o que desejamos.


IMPEDIMENTOS GERADOS PELO PECADO
O principal impedimento às nossas orações são os nossos próprios pecados, conforme nos diz o texto de Isaías 59:1,2

Geralmente são cinco os tipos de pecados que servem de empecilhos às respostas da oração:

1. Desobediência Dt. 1:43-45
Quem obedece e faz a vontade de Deus, Ele o ouvi Jo.9:31
2. Falta de amor ao próximo Is. 58:9-10
Pedimos e recebemos porque obedecemos o Seu mandamento de amar o nosso próximo I Jo.3:22-23
3. Injustiça Mq. 3:1-4; Is. 1:15-17
Deus ouve os justos Sl. 34:17
4. Espírito irreconciliável Mt.5:23,24; Mc. 11:25
Deus ouve os que se humilham II Cr.7:14
5. Desentendimento conjugal I Pe. 3:7
Na concordância do casal há promessa de resposta Mt.18:19

Veja bem que não estamos tratando aqui sobre se pedimos ou no conforme a Sua vontade, mas sim se as nossas atitudes no criaram uma barreira natural impedindo nossas orações. Veja a Quarta visão do profeta Zacarias onde o sumo sacerdote acusado por Satanás porque suas vestes estavam sujas (pecado). Za. 3:1-4. Qualquer pecado do sumo sacerdote poderia ser fatal a ele, por isso tinham campainhas penduradas nas suas vestes para se saber se estavam vivos Ex. 39:25,26 e eles entravam no santo dos santos com uma corda amarrada na cintura, e se morressem lá eram arrastados de fora Lc. 1:10,21; e hoje nós somos sacerdotes diante de Deus I Pe. 2:9; Ap. 5:9-10, e nossas orações como incenso Ap. 8:4 , não somos consumidos por causa da Sua misericórdia Lm. 3:22-23 mas são criados impedimentos porque Deus é Santo. Neste caso nos resta uma solução, veja o que diz Tiago 4:8-10
IMPEDIMENTOS GERADOS PELAS FORÇAS OCULTAS DAS TREVAS
O segundo tipo de impedimento s nossas orações aquele que gerado pela oposição do inferno tentando impedir que oração tenha êxito. Isso aconteceu com Daniel quando ele orava buscando discernimento dos acontecimentos dos últimos dias (Daniel 9:2-3) e o príncipe do reino da Pérsia (um principado do inferno) se opôs (Daniel 10:12-13 ) e isso aconteceu durante 21 dias (Daniel 10:2).

Tendo então conhecimento desses fatos, de como ocorrem pelejas espirituais no intuito de contrariar na vida do crente, na sua família, no seu trabalho, na sua igreja, na sua cidade, tudo o que Deus tem determinado, precisamos nos posicionar quando em oração nos colocamos, pois uma oração feita por um justo muito pode em seus efeitos (Tg. 5:16-18), ore portanto a todo o tempo vestido da armadura de Deus (Ef. 6:11, 18).

Ás vezes as forças ocultas das trevas não são mobilizadas apenas no momento em que o crente começa a orar, maldições hereditárias, espíritos familiares ou qualquer outra ferramenta do inferno pode estar travando a benção a qual você está pedindo em oração, nesse caso entram em ação a perseverança, a revelação da parte de Deus, o conhecimento da Palavra e o posicionamento para a guerra para destravar a sua benção, porque ela já é sua. Assim como o povo de Israel teve que lutar contra os povos para conquistar a terra prometida, você não tem que travar uma batalha com Deus na sua oração e sim contra as correntes do inferno para que elas sejam arrebentadas em nome de Jesus.
Veja o caso de Isaque, um espírito familiar de esterilidade acompanhava aquela família, observe que Sara era estéril (Gn. 11:29-30), Rebeca era estéril (Gn. 25:21), Raquel era estéril (Gn. 29:31), o diabo queria a qualquer custo impedir que a palavra de Deus se cumprisse (Gn. 15:5), Sara, Rebeca e Raquel tinham os mesmos laços familiares (Gn. 20:12; Ge. 22:23; Ge. 29:12) (a questão da esterilidade pode estar vinculado a algum pacto feito por Sara ou seus pais estando eles ainda em Ur dos Caldeus, pois o padroeiro de Ur era um deus ligado à lua podendo ter então influência na questão da fecundidade) (veja como era forte essa questão da esterilidade de Sara quando Deus torna toda a casa de Abimeleque estéril por causa da esterilidade de Sara (Ge. 20:18) A vitória de Sara vem por intervenção de Deus (Gn. 18:9-14), a vitória de Rebeca vem pela oração insistente de Isaque (Gn. 25:21), a vitória de Raquel vem por sua própria luta em oração (Gn.30:8 e 22)


ORAR NO ESPÍRITO E ORAR EM LÍNGUAS
Orar no Espírito ou orar em línguas é uma expressão de fé e busca de Deus e não um sinal de santidade, é necessário para orarmos em intimidade com Deus e sermos edificados, porém é uma expressão clara da nossa fraqueza, de que necessitamos da operação do Espírito para alcançarmos pleno êxito na nossa busca em direção a Deus.


A Bíblia, que é a Palavra de Deus, é o nosso manual e fonte de oração. Veja o que Deus declara em Isaías 55:10-11; Deus quer dizer o seguinte : A Palavra que sai da Minha boca, antes de retornar para Mim, produzirá o que ela disse.


Coloque em seu espírito este princípio: A Palavra de Deus produz exatamente o que ela diz. Logo quando oramos, já começamos com a resposta. Há princípios espirituais que governam nossa vida com Deus. No que concerne à oração, convém salientar a importância de se obedecer aos princípios revelados na Bíblia, para que a nossa vida de oração seja frutífera, por isso, como uma regra de ouro, baseie suas orações na Palavra de Deus.

Deus se revela em Sua Palavra. Deus e Sua Palavra se confundem. Atrás de cada vocábulo registrado em tinta e papel, se esconde uma Pessoa que nos fala e Se revela a nós. (João 1:1-3). É por essa razão que a Palavra traz o respaldo do caráter de Deus e do Seu Trono. Nós a elevamos em oração, e Ele vê-Se a Si mesmo em Sua Palavra brotando dos nossos lábios, e Se inclina para nos ouvir. Todo nosso relacionamento com Deus deve estar solidamente firmado em Sua Palavra. Sempre que nos aproximarmos d'Ele, tendo-a como base, trazendo no coração e nos lábios o que Ele falou, Seus ouvidos estarão ali, Ele estará presente, pois Deus está onde Sua Palavra se encontra.

Note uma coisa: Se você vai orar a Palavra de Deus, e Ela é digna de confiança, você está pisando em terreno firme. Enquanto você andar nesse terreno terá sucesso. Mas na hora em que sair da Palavra, já terá entrado em terreno escorregadio, e estará fadado a fracassar. Confie, portanto, na integridade da Palavra de Deus e deixe que ela seja sua plataforma de oração. Firme-se sobre ela e recuse-se a sair dela. Discipline sua mente e permita que dos seus lábios brotem apenas palavras em linha com aquilo de Deus falou. A Palavra de Deus deve ser para nós a fonte de todas as nossas orações.
CONHEÇA A VONTADE DE DEUS PELA PALAVRA
Já vimos nos estudos anteriores que devemos orar sempre em conformidade com a vontade de Deus, mas como conhecer o que está na mente de Deus e saber Sua vontade? Na Sua própria Palavra. A maioria das coisas que Ele quer fazer em nossa vida, já está revelada nela. Mesmo as que não estão claras ajustam-se aos seus princípios. Logo conhecendo-a, saberemos discernir Sua vontade, e orando-a, estaremos em linha com Seu propósito revelado, pelo que podemos Ter confiança de que Ele já nos respondeu, antes mesmo de vermos sua materialização.
Leia Rm. 12:2 e responda: Como a mente é renovada? Com a Palavra. E enquanto a mente se expõe aos princípios da Palavra de Deus, ela vai sendo transformada e descobrindo o que agrada a Deus, isto é, Sua vontade. Em conseqüência, as orações estarão em linha com o que Ele deseja, e o resultado é que Ele vai nos atender como diz em I Jo. 5:14-15.
COMECE A ORAÇÃO COM A RESPOSTA
Quando você começa a oração com a Palavra de Deus, já começa com a resposta. Note por exemplo a oração de Davi no Salmo 23. Ele não suplica: “Deus, supre minhas necessidades. Preciso tanto de Ti! Estou cansado, com fome, leva-me a um lugar onde possa ser saciado. Livra-me da morte. Fica comigo. Toma conta dos meus inimigos” Não! Davi ora a Palavra de Deus, ora a resposta : “ Senhor, Tu és o meu Pastor, nada me faltará ...” Você é convidado a fazer o que Davi fez. Ore a Palavra e veja Deus agindo na sua vida. Não fique aí choramingando o tempo todo. Abra a boca e ouse confessar diante de Deus aquilo que Ele já falou. Revele que você crê que tudo quanto Ele lhe prometeu é seu. É assim que devolvemos a Palavra de DEUS para Ele mesmo. É assim que ela não volta vazia.
ORANDO COM FÉ
Se você ora não tendo fé, mas com qualquer indício de dúvida, você não receber nada ( Tg. 1:6-7 ), e fé conforme Hb. 11:1

● FIRME FUNDAMENTO “Certeza” (Hupostasis)
Garantia, documento que atestam, escritura (das coisas que esperam)
● CONVICÇÃO “Prova” (das coisas que não se vêem)
FÉ = documento de Deus e nossa convicção (DEUS FALAR E EU ACREDITAR)
A fé crescerá na proporção do seu conhecimento, pois como exercer fé naquilo que não se conhece? Não podemos crer numa promessa desconhecida. O que nos leva à ousadia da fé é o conhecimento da promessa. Se Deus disse que alguma coisa é nossa, então ela é. O que temos que fazer é crer e tomar posse do que já é nosso.

Diante disso dediquemo-nos à oração e oremos corretamente, aproximando-nos do Trono com o coração e a boca cheios da Palavra de Deus, sabendo que sem a Palavra no ha fundamento para a oração.
COMO ORAR A PALAVRA
1. Defina a área que motiva sua busca de Deus. Qual o tipo de oração você precisa fazer? Ações de graça, louvor, adoração, petição, entrega, consagração, intercessão? E dentro do tipo de oração, qual o assunto específico?
2. Procure descobrir versículos que se apliquem àquela área. Isso pode ser feito usando-se uma Concordância Bíblica, selecionando-se textos adequados.
3. Tome os textos que mais falam ao seu coração e transcreva-os. Peça ao Espírito Santo para dirigi-lo nessa seleção e para que torne cada palavra viva em seu espírito.
4. Faça as adaptações gramaticais necessárias, personalizando os textos bíblicos, usando a primeira pessoa e colocando os verbos no presente. Ex. Filipenses 4:19 você poderá orar assim: “Pai, Tu és o meu Deus, meu provedor. És rico e, de acordo com Tua riqueza em glória, supres, em Cristo, meu Senhor, todas as minhas necessidades.”
5. Amplie o texto, usando outras verdades relacionadas ao assunto, e tanto quanto possível, adapte-o a uma conversa pessoal com o Pai. Tomando o mesmo texto podemos dizer: “Senhor, Tu és o meu DEUS, Meu Jeová Jiré, o Deus da minha provisão. Por isso, de nada tenho falta. Tudo Te pertence e eu sou Teu filho. De acordo com Tua riqueza em glória, não de acordo com minha pobreza, Tu supres cada uma das minhas necessidades. Tu me deste Jesus. Pela fé n'Ele tornei-me Teu filho, e tudo o que é Teu, é meu. Porque estou em Cristo, tenho direito à Tua provisão. Graças te dou, ó Pai, por Tua suficiente provisão em Cristo, meu Senhor!”
6. Repita os versículos em forma de oração, até que se tornem a mais profunda convicção do seu ser, sejam vivificados e carregados de fé em seu espírito e se tornem sua experiência. Repita-os até memorizá-los, usando-os sempre que se fizerem necessários. Trazer a Palavra no coração e na boca, é vier em comunhão com Deus mesmo, de quem ela brota.
7. Proclame esses textos em voz alta, com ousadia e fé, crendo que a Palavra de Deus é digna de confiança e produzirá seus frutos no tempo devido, mudando as circunstâncias e ajustando-a à realidade da promessa de Deus.
8. Deixe o coração encher-se de ações de graça e louvor, enquanto faz essas confissões ou proclamações, sabendo que a Palavra orada, confessada, decretada é de Deus mesmo, e por isso é martelo, fogo, pão, água, poder, espada, ... Ela á viva e eficaz, e tão certo como vive o Senhor, que vela pela Sua Palavra para a cumprir, ela produzirá em sua vida aquilo para o que foi enviada.
Releia este estudo e coloque em pratica tudo o que o Senhor vem te ensinado e seja um filho(a) bem sucedido no Reino de Deus, com intima comunhão com o Pai!

Este estudo maravilhoso foi extraído do site Monte Sião e seu autor é o Pastor Claudio Galvão, daremos continuidade no estudo na próxima semana não percam!



Paula Prado

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