29 de nov. de 2011

Márcio Valadão responde a reportagem do Domingo Espetacular sobre “Cair no Espírito”



O pastor Márcio Valadão da Igreja Batista da Lagoinha resolveu responder ao bispo Edir Macedo sobre a polêmica reportagem do Domingo Espetacular da Rede Record. A matéria do noticiário questionava o “cair no Espírito” e outras manifestações pentecostais.

Em outra ocasião, Ana Paula Valadão já havia sido chamada de endemoniada por bispos da IURD. A resposta do pastor Valadão foi dada durante um culto que aconteceu na sede da Lagoinha em Belo Horizonte, Minas Gerais.

“Aquele que pecar contra o Espírito Santo é atribuir os feitos de Deus, de Jesus, como se fossem de satanás”, disse o pastor pregando a respeito da palavra de Marcos 3:13-30.

“O importante é o que Deus diz a seu respeito”, disse ele. O pai de Ana Paula Valadão afirmou que a opinião dos “assassinos” não é importante, o pastor se refere ao fato de Edir Macedo incentivar e apoiar o aborto.

“Quem pode falar é quem tem autoridade, agora assassinos falarem? (…) Quem levanta a bandeira do aborto vai carregar nas mãos o sangue dessas crianças”, continua o líder da Igreja Batista da Lagoinha.

Citando textos bíblicos onde as pessoas caíram com a presença de Deus ele diz: “Eu não sei quantas vezes caí, mas quero cair mais, não há nada de demônio na minha vida”.

A reportagem da Record mostrou a opinião que a Igreja Universal do Reino de Deus tem a respeito do “cair no Espírito”, para eles essa prática comum em igrejas pentecostais é antibíblica e é ocasionada por demônios.

Assista:

28 de nov. de 2011

Série Relacionamento - Relacionamento na Igreja

Comportamento humano – temperamento, personalidade e caráter.

Sabemos que cada pessoa atua de forma diferente em cada situação. Contudo, se não há essa compreensão de que cada um é diferente, surgem discussões das mais variadas.

Temperamento – é a combinação de características que herdamos de nossos pais. São os estados de humor e as reações emocionais de uma pessoa, ou seja, é o modo de ser. Ninguém sabe onde reside o temperamento, alguns acham que seja em algum lugar da mente ou do centro emocional ligada ao coração.

Personalidade – é formado por dois aspectos básicos: 1º hereditariedade – por aquilo que o bebe recebe de herança genética de seus pais ( estatura, cor dos olhos, da pele, temperamento, reflexos musculares etc.) e 2º são as experiências vividas que irão dar suporte e contribuir para a formação da personalidade ( cultura, hábitos familiares, crenças, grupos sociais, escola, responsabilidade, moral e ética etc.).

Caráter – influenciado pelo temperamento e personalidade, é o conjunto das qualidades boas ou mas de um individuo que lhe determina a conduta – como a pessoa age.

Com essas definições vamos enfatizar o temperamento que influencia tudo aquilo que fazemos ( hábitos do sono, hábitos de estudar, estilo de alimentação, até a maneira de como nos relacionamos com as pessoas.)



COMO LIDAR COM AS DIFERENÇAS

Com tantas diversidades que existem entre os seres humanos – gostos pessoais, opinião, educação, cultura, temperamento, entre tantos outros – você deve estar se perguntando: “como podemos relacionar-nos com as pessoas, principalmente dentro da Igreja, com tantas diferenças”? ” Será que isso realmente é possível? “ ( veja I Co. 12.12,19,20,22-25).

Para que tudo ocorra bem existem algumas coisas que podemos fazer para aprender a lidar com as diferenças:

1. Conhecer as pessoas que estão a nossa volta.

2. Saber respeitar os limites de cada um.

3. Fazer um alto-exame do que preciso mudar (I Co. 11.28).



COMO MANTER UM BOM RELACIONAMENTO?

Muitas vezes ouvimos alguém falar: “ parece que aquele fulano não vai com a minha cara”, ou “acho que aquele irmão não gosta de mim”. É possível que um irmão torne-se inimigo de outro dentro da Igreja? Infelizmente é possível.

Mas, a bíblia como nossa bussola, nos tras ricos ensinamentos acerca de como devemos nos relacionar com nossos irmãos, até mesmo nos momentos de dificuldades.

1. Falar a verdade - Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros. Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira; nem deis lugar ao Diabo. Efésios 4.25-27

2. Não falar mal dos outros - Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas ó que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem. Efesio 4.29

3. Suportar uns aos outros - suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também. Colossenses 3.13

4. Perdoar - Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas. Mateus 6.14-15

5. Amar uns aos outros - O ódio excita contendas; mas o amor cobre todas as transgressões. Proverbios 10.12

6. Ter igualdade - Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Porque, se entrar na vossa reunião algum homem com anel de ouro no dedo e com traje esplêndido, e entrar também algum pobre com traje sórdido. e atentardes para o que vem com traje esplêndido e lhe disserdes: Senta-te aqui num lugar de honra; e disserdes ao pobre: Fica em pé, ou senta-te abaixo do escabelo dos meus pés, não fazeis, porventura, distinção entre vós mesmos e não vos tornais juízes movidos de maus pensamentos? Tiago 2.1-4

7. Honrar - nada façais por contenda ou por vanglória, mas com humildade cada um considere os outros superiores a si mesmo; Filipenses 2.3

8. Tolerando os fracos na fé - Ora, ao que é fraco na fé, acolhei-o, mas não para condenar-lhe os escrúpulos. Um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come só legumes. Quem come não despreze a quem não come; e quem não come não julgue a quem come; pois Deus o acolheu. Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é o Senhor para o firmar. Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. Porque o reino de Deus não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo. Romanos 14.1-6 e 17

Quem serve a Cristo respeitando as diferenças, agrada a Deus sendo aprovado por todos. Não devemos deixar que as nossas diferenças causem divisão e queda dos nossos irmãos.



COMUNHÃO NA IGREJA

Pra que existe a Igreja? Será que é apenas para cumprirmos escalas em dias de culto?

A Igreja foi fundada com o objetivo de ter comunhão uns com os outros e com Deus.

Quando falamos em comunhão podemos abordar dois aspectos:

1. Na participação comum de ideias e crenças – ou seja, quando duas ou mais pessoas participam dos mesmos objetivos, fazendo com que se tornem reais, através de seus esforços de comum acordo e fé. No dicionário diz que comunhão “é a ação de fazer alguma coisa em comum. Sintonia de sentimentos, de modo de pensar, agir ou sentir, identificação, união, ligação”.

2. Cooperar e compartilhar o que tem. No novo Testamento a comunhão cristã é expressa no termo grego koinonia, que significa cooperação entre todos os cristãos, é o espirito de compartilhar gratuitamente o que tem ( tanto de bens materiais, como espirituais).

Com esses pontos de vista acerca da comunhão, principalmente na Igreja, podemos ver que a temos deixado em últimos planos. Muitas vezes não abençoamos nossos irmãos, não compartilhamos os momentos que eles tem vivido, tanto de vitória quanto de lutas e tristezas (Romanos 12.13-15), por causa de tarefas e falta de tempo.

A comunhão não é so marcar encontros, fazer festas com amigos ou dar um aperto de mão nos dias de culto, mas é também participar das necessidades do próximo, pois a comunhão é feita de conhecer um ao outro, amar e respeitar.

Quando colocamos todos afazeres como prioridade, esquecendo-nos da comunhão, a Igreja perde muito o seu sentido (Lucas 10.38-42), pois não temos comunhão com nosso próximo e se for assim, quem ira dizer que tem comunhão com Deus? Como diz I João 4.20b: “ Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?”



COMO VOCÊ TEM TRATADO SEU IRMÃO?

Essa pergunta certamente seria respondida de maneiras diferentes se fosse perguntada para pessoas diferentes, pois isso depende de como você enxerga o seu irmão. Sera que realmente você o ve como membro da sua família ou como um colega de trabalho? Sera que mesmo com as diferenças e as falhas de um incomodando o outro, você consegue entender e lutar do mesmo lado?

Todas essas respostas vão depender muito de como você enxerga a sua Igreja, pois se a ve como a casa de seu Pai certamente você não a ve como uma empresa e sim como um lar, independente de como seja o seu irmão. Mas não adianta falar: “ eu to na casa do meu Pai” se a sua ação é colocar tudo em primeiro lugar, menos a comunhão.

Entender o que se passa com ele, ajudar, aprender a conviver com as diferenças não é tarefa simples, mas é uma prioridade extrema que devemos ter em nossas vidas. Quantas pessoas faltaram neste ultimo culto? Quantas desapareceram ? o que você tem feito mediante a isso?

“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo” é muito mais que palavras, exige muita atitude.




Texto e ministração de Rubens Rodrigo

23 de nov. de 2011

Série de estudos Relacionamento - Amizade

Uma Amizade Verdadeira por Rev. Welerson Alves Duarte

Sucedeu que, acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como a sua própria alma.(I Samuel 18.1)

INTRODUÇÃO
No dia 20 de julho foi comemorado o dia da amizade, dia em que muitas mensagens foram trocadas entre amigos. Recebi algumas mensagens muito interessantes o que me levou a refletir sobre a amizade verdadeira. Lembrei-me então de dois personagens bíblicos em especial, Davi e Jônatas. A amizade entre Jônatas e Davi era uma aliança de amor, um exemplo de amizade que tem muito a nos ensinar sobre o real significado e importância da amizade verdadeira.
Na literatura das ciências sociais que tratam sobre o tema, a amizade é vista em geral como uma relação afetiva e voluntária, que envolve práticas de sociabilidade e ajuda mútua e necessita de algum grau de equivalência ou igualdade entre amigos.
A Amizade é um bem que infelizmente tem se tornado cada vez mais difícil de ser encontrado. Muitos se chamam amigos, mas a palavra já perdeu muito de seu real significado.

A palavra amigo é cheia de significado como se pode ver pelo texto de I Sm. 18.1: ”Sucedeu que, acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma.” Esta passagem nos mostra que uma amizade verdadeira é estabelecida por um vínculo muito forte, o vínculo do amor fraternal.

I – Uma Amizade Verdadeira Pode Trazer Riscos
A amizade que nasceu no coração de Jônatas e Davi era algo tão profundo que levou Jônatas a arriscar-se em favor de seu amigo. Em I Sm 20.33 Saul tenta matá-lo por estar defendendo Davi: “Então, Saul atirou-lhe com a lança para o ferir; com isso entendeu Jônatas que, de fato, seu pai já determinara matar a Davi.” Jônatas, que parecia ter dificuldades em acreditar que seu pai ainda queria matar a Davi (I Sm 20.2: “Ele lhe respondeu: Tal não suceda; não serás morto. Meu pai não faz coisa nenhuma, nem grande nem pequena, sem primeiro me dizer; por que, pois, meu pai me ocultaria isso? Não há nada disso.”), agora tinha motivos de sobra pra crer que Saul estaria pronto a tudo para eliminar Davi, até mesmo matar seu próprio filho. A princípio Jônatas tinha porque duvidar que seu pai ainda quisesse matar Davi, pois ele havia lhe jurado que não o faria (I Sm. 19.6: “ Saul atendeu à voz de Jônatas e jurou: Tão certo como vive o Senhor, ele não morrerá.”). Porém as atitudes de Saul durante a Festa de Lua Nova não deixavam mais dúvidas de que aquele juramento não seria cumprido.
Jônatas agora sabia que se sua amizade com Davi fosse mantida ele corria risco de vida. Contudo isso não foi razão forte o suficiente para abalar aquela aliança de amor firmada entre Jônatas e Davi. Jônatas não estava disposto a abrir mão desta amizade por coisa alguma.
Davi também correu riscos em virtude de sua amizade com Jônatas. Após a morte de Jônatas Davi procurou saber se ainda havia algum descendente de Saul vivo: Disse Davi: Resta ainda, porventura, alguém da casa de Saul, para que use eu de bondade para com ele, por amor de Jônatas?” II Sm. 9.1. Ao ser informado de que havia um filho de Jônatas vivo Davi o levou para morar no palácio e comer da sua mesa:”Trabalhar-lhe-ás, pois, a terra, tu, e teus filhos, e teus servos, e recolherás os frutos, para a casa de teu senhor tenha pão que coma; porém Mefibosete, filho de teu senhor, comerá pão sempre à minha mesa. Tinha Ziba quinze filhos e vinte servos”. II Sm. 9.10. O mais comum em uma situação como aquela seria procurar eliminar todos os descendentes de Saul já que estes poderiam procurar promover um levante ou o assassinato de Davi para recuperar o trono, no entanto, Davi ao invés de temer perder o trono e quem sabe a sua própria vida corre o risco por amor a Jônatas. Ë preciso lembrar que Jônatas era amigo de Davi e o amava, mas Mefibosete não necessariamente.

No Novo Testamento nós também temos o exemplo de Epafrodito que foi outro a não se importar em correr riscos por uma verdadeira amizade. Paulo era acusado de traição ao Império Romano, e esta era uma acusação grave. Paulo poderia ser condenado a morte e, quando um prisioneiro era condenado a morte, quem estava com ele deveria morrer também. Mesmo sabendo disso, Epafrodito abandona sua cidade, sua casa, todos os seus e vai para Roma cuidar de Paulo. Isso é amizade verdadeira, isso é comprometimento. Que coisa maravilhosa é ter amigos assim. Felizes são aqueles que podem ser e contar com amigos deste porte.


II – Uma Amizade Verdadeira Põe seus Interesses Pessoais em Segundo Plano.

Parece que Jônatas era o príncipe herdeiro pois Saul lhe diz que enquanto Davi vivesse nem Jônatas e nem seu reino estariam seguros (I Sm 20.31: “Pois, enquanto o filho de Jessé viver sobre a terra, nem tu estarás seguro, nem seguro o teu reino; pelo que manda busca-lo, agora, porque deve morrer.”). Davi era portanto uma ameaça a Jônatas e conseqüentemente a toda a sua posteridade já que se Davi assumisse o trono Jônatas não seria o próximo rei, seu filho não seria o príncipe herdeiro e assim por diante.

No entanto, ao invés de odiar Davi e tentar elimina-lo, ele o ama e protege. Eliminar Davi não seria difícil já que ele dispunha de informações privilegiadas a respeito de Davi e este confiava nele. Davi fugiria de Saul, mas não de Jônatas. Pior do que um inimigo é um falso amigo. Dizem que um sábio antigo orava pedindo a Deus que cuidasse de seus amigos pois dos inimigos ele era capaz de cuidar. Se Jônatas fosse um falso amigo, se Jônatas se deixasse levar por interesses pessoais Davi estaria correndo serio risco. E é preciso lembrar que o interesse pessoal de que estamos falando não era uma coisa qualquer, era o trono de Israel.

Muito triste é quando se confia em alguém, o tem como amigo sincero, como irmão e se vê traído pelo mesmo ter se deixado levar por interesses, por benefícios muito menores que aquele do qual Jônatas estava abrindo mão. Infelizmente isto não é algo incomum. Jônatas sabia que pessoas valem mais que coisas, mais que posição. Para Jônatas o trono não era mais importante que a amizade de Davi.


III – Uma Amizade Verdadeira Está Firmada num Firme e Sincero Amor

Esta característica da verdadeira amizade é o vínculo da mesma. Foi o amor que moveu Jônatas a por sua vida em risco e com certeza foi um amor sincero e firme que moveu Epafrodito a viajar cerca de 2.000 Km da Macedônia a Roma para cuidar de Paulo, podendo com isso perder muito, inclusive sua própria vida, seja através de um acidente durante a viagem, uma enfermidade contraída - o que acabou acontecendo e quase o ceifou ( Fp 2.27: Com efeito, adoeceu mortalmente; Deus, porém, se compadeceu dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza.) – ou ainda pela condenação de Paulo.

Foi o amor que moveu tanto Jônatas quanto Epafrodito a deixar interesses pessoais para cuidar dos interesses do objeto de seu amor. Paulo em I Co. 13.4 e 5 diz o seguinte: “O amor ....... não procura os seus interesses, ....” . Isso era uma realidade na vida destes amigos.

Jônatas estava pronto a abrir mão do trono, enquanto que Epafrodito abriu mão de trabalho, presença da família e dos irmãos da Igreja. Paulo diz que enviou Epafrodito de volta a Macedônia pois este estava com saudades da Igreja ( Fl. 2.25, 26: “Julguei, todavia, necessário mandar até vós Epafrodito, por um lado, meu irmão, cooperador e companheiro de lutas; e, por outro, vosso mensageiro e vosso auxiliar nas minhas necessidades; Visto que ele tinha saudade de todos vós e estava angustiado porque ouvistes que adoeceu.”). Vejam que a amizade era recíproca pois Paulo abre mão de sua ajuda para que ele pudesse visitar os seus e sua igreja.

Quando o amor fraternal rege os relacionamentos, há paz, respeito, sinceridade, transparência. Aquele amor foi algo tão significativo na vida de Davi e Jônatas que Davi ao saber da morte do Jônatas afirma: “Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; tu eras amabilíssimo para comigo! Excepcional era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres”. (II Sm. 1.26).

Lamentavelmente esta passagem, e de modo geral a amizade entre Jônatas e Davi, é muito mal interpretada por alguns que erotizam o amor entre Davi e Jônatas. No Entanto, a luz do ensino geral das Escrituras fica claro que o amor que unia Jônatas e Davi era o amor fraternal.


IV – Uma Verdadeira Amizade é Fiel

Jônatas e Davi tinham uma aliança. Em I Sm. 18.3 é dito que Davi e Jônatas fizeram aliança (“Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como a sua própria alma”). A natureza da aliança não é aqui declarada de modo explícito, mas creio que podemos inferir ser uma aliança de amor fraternal, ou seja, uma aliança de amizade.

Nossa conclusão pode ser atestada pelo que encontramos no capítulo 20 verso 8: “ Usa, pois, de misericórdia para com o teu servo, porque lhe fizeste entrar contigo em aliança no Senhor; se, porem, há em mim culpa, mata-me tu mesmo; por que me levarias a teu pai?” . Ali vemos Davi evocando a aliança entre eles para pedir sua ajuda. Jônatas não se furta da aliança, mesmo sendo aquele um momento muito delicado onde muitas perdas e muita dor poderia ser experimentada, como já pudemos considerar acima.

Jônatas não só mantêm a aliança como a renova e amplia nos versos 16 e 17: “Assim, fez Jônatas aliança com a casa de Davi, dizendo: Vingue o Senhor os inimigos de Davi. Jônatas fez jurar a Davi de novo, pelo amor que este lhe tinha, porque Jônatas o amava com todo o amor da sua alma”. Os versos seguintes mostram que o que havia sido combinado foi fielmente cumprido da parte de Jônatas e a passagem encontrada em II Sm. 9 mostra que Davi foi fiel a aliança que tinha com seu amigo Jônatas mesmo após sua morte. Ao saber que havia um filho de Jônatas vivo providencia para que ele recebesse tudo de que fosse necessário para ele e para os seus (II Sm 9.9, 10:“Chamou Davi a Ziba, servo de Saul, e lhe disse: Tudo o que pertencia a Saul e toda a sua casa dei ao Filho de teu senhor. Trabalhar-lhe-ás, pois, a terra, tu, e teus filhos, e teus servos, e recolherás os frutos, para que a casa de teu senhor tenha pão que coma; porém Mefibosete, filho de teu senhor, comerá pão sempre à minha mesa. Tinha Ziba quinze filhos e vinte servos”) .
Uma verdadeira amizade é marcada pela fidelidade.


Conclusão
Amigo é aquele com quem podemos ser nós mesmos. Ser nós mesmos implica uma apresentação sem reservas e espontânea de si mesmo, sem o autocontrole exigido pelas regras da polidez. Li certa vez que amigo é aquele com quem se pode pensar alto.
Amizade em nossos dias, em muitos casos, significa se aproximar de alguém que pode oferecer algo. Quando não tem mais o que oferecer deixa de ser amigo e aquele que até então não era amigo mas agora tem algo a oferecer, passa a ser o amigo da vez. Salomão fala sobre isso de modo claro em pelo menos duas passagens de Provérbios: Pv. 19.4, 6 – “As riquezas multiplicam os amigos; mas, ao pobre, o seu próprio amigo o deixa... Ao generoso, muitos o adulam, e todos são amigos do que dá presentes”.
O cachorro e o gato são interessantes ilustrações do que acabamos de dizer: Alguém já viu andarilhos ou moradores de rua com gatos? Certamente não, mas todos já os vimos com cachorros. Um cão morre de fome ao lado de seu dono, mas não o abandona, enquanto que o gato segue o primeiro que lhe oferecer comida. Vê-se que quando alguém quer ofender um falso amigo chamando-o de cachorro comete uma grande injustiça (com os cachorros, é claro).
Que tipo de amigo você tem sido e que tipo de amigos você tem ao seu redor? Que Deus faça de nós amigos de verdade e assim também nos dê amigos com quem tenhamos uma real aliança de amor fraternal.
Só pode ser amigo de verdade aquele que confia no Senhor, aquele que sabe que Deus está no controle de todas as coisas e que cuida dos seus. Em Pv. 29.25 encontramos as seguintes palavras: “Quem teme ao homem arma ciladas, mas o que confia no Senhor está seguro”.Quem confia no Senhor não precisa de armações, associações com falsas amizades pois ele tem a sua vida confiada co Senhor. Só este consegue ser amigo de verdade, sem medo de ser traído, sem medo de ser passado pra traz, sem busca de interesses pessoais.
“Em todo tempo ama o amigo, e na angustia se faz o irmão” Pv. 17.17


Rev. Welerson Alves Duarte
Terceira IPC de Guarulhos



Ministrado por Téo Reis

18 de nov. de 2011

É melhor aprender com os erros dos outros...

Errar um caminho pode ser perigoso.

Já ficou perdido? Rodou horas e horas e continuou perdido?

Quando erramos o caminho é porque não prestamos atenção às placas, ou então porque não pesquisamos no guias ou o no mais sofisticado GPS.

Na vida espiritual as coisas são parecidas. Precisamos prestar atenção nas "placas, sinais e no GPS", ou seja, a Bíblia. Quando não fazemos isso erramos o caminho para a Vida Eterna e Deus exorta porque sabe aonde os caminhos terminam.

Muitas pessoas contam suas histórias e experiências nesse mundão e então ficamos felizes por elas terem despertado e saído do caminho mau, mas me pergunto, será que ninguém contou a eles no passado sobre o fim do caminho? Será que não haviam sinais?

Temos a Bíblia como principal forma de aprendermos sobre o caminho para a Vida Eterna, mas muitos de nós esperam para pagar para ver. Por quê?

Inspirado em um e-mail que recebi sem assinatura.



17 de nov. de 2011

Série Relacionamento - Relacionamento no ambiente de trabalho




“Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração como para o Senhor e não para homens” (Colossenses 3:23).

Como para o Senhor
“Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração como para o Senhor e não para homens” (Colossenses 3:23). A base de todos os relacionamentos dos cristãos deve ser o Senhor. Tudo o que fazemos deve ser para a sua glória, para exaltar o seu nome e para o crescimento do seu reino. Isso inclui a responsabilidade do cristão para com os empregadores (senhores, Colossenses 3:22).
Como mensageiros de Deus, passamos muito tempo ao redor dos perdidos. Se levamos a sério viver e andar como Deus deseja, devemos tratar o nosso ambiente de trabalho como um lugar para influenciar a vida daqueles com os quais temos contato.
Devemos ter o cuidado de não sermos presunçosos, achando que os colegas de trabalho, os vendedores, supervisores, etc. não se interessam por assuntos espirituais. Vivemos numa época em que as pessoas têm problemas tremendos. Ouvimos gritos de socorro daqueles que nos cercam. Quantas vezes não ouvimos as pessoas dizer: “Parece que falta algo em minha vida”? O povo de Deus tem a resposta. Podemos preencher o vazio!
O tema da carta escrita à igreja de Colossos é a plenitude em Cristo Jesus. “Porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade” (Colossenses 2:9-10). Assim, devemos olhar para o exemplo de Cristo em tudo o que dizemos ou fazemos. O apóstolo nos manda, no texto que citei no início deste artigo, trabalhar “de todo o coração”. Poderíamos dizer: “Entregue tudo o que tem” ou “Dê o seu melhor”. O rei Salomão disse: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças” (Eclesiastes 9:10).
Ao fazermos esse esforço de darmos ao nosso empregador tudo o que temos, devemos entender as cláusulas do contrato de trabalho. É importante sabermos quando e onde devemos trabalhar; quais os horários que os nossos empregadores querem que estejamos trabalhando. Será que essas horas coincidem com outros compromissos que assumimos (por exemplo: momentos importantes em reunião com a igreja ou com a família)? Será que esse emprego nos afastará da família de tal modo que nos prejudique (p. ex.: muitas viagens ou horas extras demais)? Quanto esse emprego paga? Será que é suficiente para sustentar a minha família? Será que a compensação é bastante justa para o esforço empreendido? Todas essas são perguntas importantes que devemos fazer antes de aceitar um emprego. Muitas vezes essas questões passam despercebidas até o primeiro pagamento ou a primeira viagem de negócios. Isso faz com que alguns negligenciem o trabalho que receberam.
Deus nos abençoou ricamente com um governo que nos permite trabalhar arduamente, dar o nosso melhor e ser recompensados pelo esforço que empreendemos em nossa determinada linha de trabalho. Como cristãos, tenhamos certeza de que estamos nos esforçando em nosso ambiente de trabalho. Como funcionários cristãos, devemos ser os melhores!

O rei Ezequias propôs-se a agradar ao seu Senhor. A Bíblia diz que ele “fez o que era bom, reto e verdadeiro perante o Senhor, seu Deus, em toda a obra que começou no serviço da Casa do Senhor, na lei e nos mandamentos, para buscar a seu Deus, de todo o coração o fez e prosperou” (2 Crônicas 31:20-21).
Entendemos que servir com fidelidade aos nossos empregadores é agradável ao Senhor. Deus nos disse: “Servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus; servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre” (Efésios 6:5-8).
Como os funcionários se esforçam para fazer a vida de modo honesto, vamos buscar “as coisas lá do alto” e pensar “nas coisas lá do alto” (Colossenses 3:1-2). O nosso Senhor está sempre com os seus filhos e sempre podemos depender de sua ajuda em qualquer momento de nossa vida.
Lembre-se das palavras do rei Davi, quando incentivou seu filho Salomão a construir o templo do Senhor: “Sê forte e corajoso e faze a obra; não temas, nem te desanimes, porque o SENHOR Deus, meu Deus, há de ser contigo; não te deixará, nem te desamparará, até que acabes todas as obras para o serviço da Casa do SENHOR” (1 Crônicas 28:20)


Como enfrentar as diferenças individuais no ambiente de trabalho
Por Sonia Jordão
Além de nos relacionarmos bem com nossos familiares e amigos, precisamos cuidar dos relacionamentos junto aos colegas de trabalho. Afinal, é no trabalho que passamos a maior parte de nosso tempo. Existem vários tipos de pessoa, vários temperamentos, atitudes, etc. São as diferenças individuais. Experimente lidar com alguns tipos comumente encontrados da seguinte forma:

- Amargurado: Dê-lhe uma palavra de conforto, de apoio moral, pois isso conquistará não só a simpatia dele, mas também a dos outros. Uma das técnicas de relação humana de maior poder é a bondade.
- Atrevido: Encurte a duração do contato, dando urgente solução ou breve encaminhamento ao problema ou assunto de seu interesse.
- Complexado: Evite tocar em seu ponto fraco, fazer chacotas, brincadeiras, colocar apelidos, etc.
- Apressado: Tenha destreza no atendimento: se não puder despachá-lo logo, pelo menos mostre que está fazendo o máximo para isso.
- Conhecido: Seja cortês sem que, no entanto, sejam ultrapassados os limites da discrição e do respeito mútuo.
- Desconfiado: Prefira o recurso da sugestão, falando com firmeza.
- Desorientado: Dê orientação detalhada, seja persuasivo.
- Distraído: O jeito é ser um tanto insistente, repetindo informações, etc.
- Fraterno: Não se limite a retribuir gentilezas, algumas vezes tome a iniciativa da amabilidade.
- Inibido: Seja paciente e o ajude a “sair da casca” fazendo-lhe perguntas de fácil resposta.
- Maledicente: Convém distinguir os que são apenas bonachões dos que são maledicentes. Com os maledicentes, que são os “fuxiqueiros”, nada fale e, se possível, ouça menos.
- Perturbado: A situação foge do âmbito da normalidade. Dependendo do teor da perturbação, pode-se convidar a sentar, oferecer um cafezinho e chamar a chefia superior para atendê-lo.
- Presunçoso: Quando já não suportar suas constantes exibições, não se dê ao esforço inútil e perigoso de dizer o que ele merece o adote simplesmente a política do distanciamento.
- Vaidoso: Seja caridosamente indiferente, deixando-o em paz com sua doce e débil fantasia de genialidade.
- Zangado: Antes de tudo, ouça; deixe-o falar sem estabelecer discussão... Depois de ter escutado tudo tranqüilamente, inicie a troca de idéias aceitando os seus sentimentos. A seguir, externe palavras de apreço, destacando a educação que ele manifesta em ouvi-lo.
Exponha então seus pensamentos ordenadamente, de maneira impessoal e com clareza, pois o importante é você ser compreendido.
Dê oportunidade a ele de fazer indagações. Se for contestado, ouça novamente com serenidade e recomece percorrendo o caminho crítico até aqui descrito. Vez por outra se refira a ele pronunciando-lhe o nome.
Esgotados os seus argumentos apele para a nobreza que ele talvez não tenha, mas apreciará demonstrar possuir. Se ao cabo de todas essas manobras ele ainda continuar zangado, das duas uma: ou “ele tem mesmo toda razão” e neste caso somente lhe resta pedir desculpas, agüentando as conseqüências, ou ele está perturbado, e aí precisa ser ajudado.



Os 10 principais erros de relacionamento no trabalho

Fazer fofoca de colegas ausentes

"Falar dos outros é sempre delicado. Portanto, se você tem algo a dizer para seu colega diga diretamente a ele. Desta forma, evita que o comentário seja mal interpretado e retransmitido por outros funcionários. Ao fazer uma crítica diretamente ao colega em questão você evita que seu comentário chegue distorcido aos ouvidos dele, o que pode gerar conflitos. Além disso, falar pelas costas e comentar sobre a vida alheia é uma atitude mal vista".


Rejeitar o trabalho em equipe

"Hoje, independentemente de seu cargo, é preciso saber trabalhar em equipe, já que bons resultados dificilmente nascem de ações individuais. No ambiente corporativo, uns dependem dos outros. Se o funcionário não estiver disposto a colaborar com os colegas, certamente será um elo quebrado. Com isso, o grupo/equipe não chegará ao resultado desejado. Ser resistente ao trabalho em equipe é um revés grave. Sem essa abertura, dificilmente o colaborador conseguirá obter sucesso".


Ser antipático (a)

"A empatia é muito útil no ambiente de trabalho. Você deve ser leal, cortês, amigo e humilde. Falar bom dia e cumprimentar os outros são atitudes que demonstram educação e respeito pelos demais. O fato do trabalho exigir concentração do colaborador não significa que ele não possa ser cordial e abrir um espaço na agenda para ajudar os companheiros de equipe".


Deixar conflitos pendentes

"Conflitos acumulados podem se agravar. Qualquer tipo de problema referente ao trabalho, dúvida sobre decisões, responsabilidades que não foram bem entendidas, alguém que ficou magoado com outro por algum motivo, enfim, qualquer tipo de desconforto deve ser esclarecido para evitar a discórdia no ambiente. O funcionário deve conversar para resolver o assunto, caso contrário, isso poderá gerar antipatia, fofoca com outros colaboradores e um clima péssimo para toda a equipe".


Ficar de cara fechada

"Ter um companheiro de equipe com bom humor anima o ambiente de trabalho, enquanto que topar um colega mal-humorado causa desconforto do início ao fim do expediente. Esta postura gera desgastes desnecessários, pois além de deixar toda uma equipe desmotivada ainda atrapalha a produtividade. Pessoas mal-humoradas geralmente não toleram brincadeiras. Com isso, automaticamente são excluídas da equipe, o que não é saudável. Por essa razão, manter o bom humor no trabalho é fundamental para cultivar bons relacionamentos".


Deixar de cultivar relacionamentos

"Os melhores empregos não estão nos jornais e nem nos classificados. A partir do seu relacionamento interpessoal no trabalho é que conseguirá construir uma rede de contatos (networking) que servirá, no futuro, para encaminhá-lo às melhores oportunidades.Importante mostrar dinamismo, ser cooperativo no trabalho e nunca fechar as portas pelos lugares onde passar".


Não ouvir os colegas

" importante escutar a todos, mesmo aqueles que têm menos experiência. Isso estimula a participação e a receptividade de novas idéias e soluções. Questionar com um ar de superioridade as opiniões colocadas numa reunião não só intimida quem está expondo a idéia, como passa uma imagem de que você é hostil.” necessário refletir sobre o que está sendo dito, não apenas ouvir e descartar a idéia de antemão por considerá-la inútil".


Não respeitar a diversidade

"Todas as diferenças devem ser respeitadas entre os membros de uma equipe. Não é aceitável na nossa sociedade alguém que não queira contato com outro indivíduo apenas por ele ser diferente. Ao passo que o funcionário aceita a diversidade, ele amplia as possibilidades de atuação, seja dentro da organização ou com um novo cliente. Além disso, o respeito e o tratamento justo são valores do mundo globalizado que deveriam estar no DNA de todos. Sem eles, o colaborador atrapalha o relacionamento das equipes, invade limites dos colegas e a natureza do outro".


Apontar o erro do outro

"A perfeição não é virtude de ninguém. Antes de apontar o erro do outro, deve-se analisar a sua própria conduta e sua responsabilidade para o insucesso de um trabalho ou projeto.” melhor ajudar a solucionar um problema do que criar outro maior em cima de algo que já deu errado. Lembre-se: errar é humano e o julgamento não cabe no ambiente de trabalho. No futuro, o erro apontado pode ser o seu".


Ficar nervoso (a) com a equipe

"Atritos são inevitáveis no ambiente de trabalho, mas a empatia deve ser colocada em prática nos momentos de tensão entre a equipe para evitar que o problema chegue ao gestor e se torne ainda pior. Cada um tem um tipo de aprendizagem e um ritmo de trabalho, o que não quer dizer que a qualidade da atividade seja melhor ou pior que a sua. O respeito e a maturidade profissional devem falar mais alto do que o nervosismo. Equilíbrio emocional e uma conduta educada são importantes tanto para a empresa como para o profissional".



Estudo ministrado por Rosângela Márcia


14 de nov. de 2011

Diga o fraco: Eu sou forte!


Há momentos que percebemos que algumas situações contrárias da vida são maiores que a nossa capacidade de resolve-las ou de vence-las, é muito ruim quando chegamos a esta conclusão que algo esta além da nossa força, da nossa inteligência e do nosso domínio. Mas Deus em Sua Palavra nos deixou uma mensagem de esperança e conforto, nos mostrando que apesar de Israel ter lutado para conquistar a terra prometida, Davi lutou contra tantos exércitos poderosos, gigantes assustadores, foram tantas palavras de maldição e contrárias ao que o Senhor havia declarado sobre a vida deles, mas Deus venceu cada batalha por Seus escolhidos! Vemos que com 300 homens Gideão venceu um exército de 135.000 midianitas, isto é possível? Com Deus tudo é possível!!!!


E eu quero te encorajar a confiar no Senhor, tudo aquilo que você não consegue resolver, que esta te entristecendo por ser maior que suas forças, capacidade física ou intelectual, saiba que Deus tem uma saída para sua vida. Lembre-se do que Deus fez em Israel, lembre-se do que Deus já fez por você, confie em seu amor e fidelidade, este tempo de lutas vai terminar com a vitória que Deus tem reservado para você! Se você se sente fraco O Senhor te diz: você é forte, Eu estou contigo!

Ouvimos, ó Deus, com os próprios ouvidos;

nossos pais nos têm contado o que outrora fizeste,

em seus dias.

Como por tuas próprias mãos desapossaste as nações e os estabeleceste;

oprimiste os povos e aos pais deste largueza.

Pois não foi por sua espada que possuíram a terra,

nem foi o seu braço que lhes deu vitória,

e sim a tua destra, e o teu braço, e o fulgor do teu rosto, porque te agradaste deles.

Tu és o meu rei, ó Deus; ordena a vitória de Jacó.

Com o teu auxílio, vencemos os nossos inimigos; em teu nome,

calcamos aos pés os que se levantam contra nós.

Não confio no meu arco, e não é a minha espada que me salva.

Pois tu nos salvaste dos nossos inimigos e cobriste de vergonha os que nos odeiam.

Em Deus, nos temos gloriado continuamente e para sempre louvaremos o teu nome.

Salmo 44:1-8

11 de nov. de 2011

Novo Testamento emociona na Indonésia

Fiquei emocionada ao ver este vídeo, mostra como nós devemos valorizar mais ás nossas Bíblias, é uma benção de Deus ter a Bíblia em português, ter tantas versões para escolher com qual nos adequamos mais. Devemos orar por países que ainda não tem a Palavra de Deus no seu idioma, que eles sejam agraciados como nossos irmãos da Indonésia!



Meditações desta manhã!

“A vida cristã é diferente, mais difícil e mais fácil. Cristo diz: “Dê-me tudo. Eu não quero um tanto do seu tempo, tanto do seu dinheiro, tanto do seu trabalho. Quero você. Eu não vim para atormentar o seu ego natural,mas para matá-lo. Meias medidas não trazem nenhum bem.
Eu não quero podar um galho aqui e outro ali, mas quero derrubar a árvore inteira. Entregue todo o seu ego natural, todos os desejos que você julga inocentes, bem como os que você julga iníquos – todo o seu ser.
Eu lhe darei um novo eu. Na verdade eu lhe darei o meu próprio eu; a minha vontade se tornará a sua vontade”.

C.S. Lewis

10 de nov. de 2011

Nova série de estudos: Relacionamento

Paz pessoal...

Hoje no Rede Família (um culto no lar que temos todas as quintas ás 20:00 em minha casa) começaremos uma nova série de estudos com o tema : Relacionamento. Estive orando com os irmãos e Deus nos deu esta direção e confirmou, no filme O Encontro Perfeito tem uma cena que Jesus fala para uma moça que Deus deseja se relacionar conosco e restaurar os nossos relacionamentos, isso ficou marcado em meu coração e a partir daí Deus foi direcionando as coisas...Deus ainda ministrou em meu coração algo, a passagem de:

E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.

Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Mateus 22:37-39

Este texto é puro relacionamento, da nossa parte para com Deus e com as pessoas, a base é o amor... Deus vai nos ensinar muito através desta série e creio tratar com nossos corações trazendo cura e transformação!
Segue o temas:

Relacionamento ambiente de trabalho- Data: 10/11/2011 com Rosângela Marcia

Relacionamento com os amigos- Data: 17/11/2011 com Téo Reis

Relacionamento com a Igreja- Data: 24/11/2011 com Rubens Rodrigo

Relacionamento com a Família (Mãe, pai, filhos, vô, vó etc...)- Data: 01/12/2011 com Sandro Man Silva

Relacionamento Conjugal (Namorados e Casados)-Data: 08/12/2011 com Michelle Coutinho
Relacionamento consigo- Data: 15/12/2011 com Silas Prado

Relacionamento com Deus- Data: 22/12/2011 com Paula Prado

Contamos com a sua presença, mesmo que more um pouco longe de casa separe um dia para participar conosco e pra quem mora muito longe mesmo, rsrsr postarei aqui no blog os estudos para vocês!

Deus abençoe ricamente a vida de cada um!

Paula Prado




8 de nov. de 2011

Nas Mãos do Oleiro - Helena Tannure

Deixa o Oleiro por a mão em você e tirar as pedrinhas que te fazem cair, deixar Ele te transformar em um vaso de honra!


7 de nov. de 2011

Conhecerei e viverei!

Muitas vezes nós nos maravilhamos em ver pessoas com tanto conhecimento, com uma intimidade profunda com a Bíblia e com tantos estudos que complementam a sua grande bagagem intelectual, porém ao vivermos um pouco mais perto de pessoas tão ricas em conhecimento percebemos que nem todas elas, eu disse: "nem todas elas", não quero generalizar aqui, pois eu seria uma grande mentirosa... Mas percebemos que tanta intimidade com o conhecimento tomou o lugar da intimidade com o Dono do conhecimento, Deus!
Percebe-se que as pessoas ensinam, sente-se felizes pelas conquistas do estudo árduo e de tanta dedicação às letras, mas na hora de colocar em prática o que aprenderam das escrituras simplesmente desapontam, não vivem nem 10% do que sabem que é a vontade do Senhor. O que é melhor, conhecer muito ou no pouco que se conhece SER 100% fiel?
Deus vem procurado por pessoas apaixonadas por Ele, e não apenas pelo conhecimento, pessoas que ao entenderem Sua Palavra a coloquem em prática por amor ao Senhor, honrando-O, que nos dediquemos sim ao estudo da Palavra para recebermos a revelação de quem é Deus e qual é a vontade Dele para nós, que nos apeguemos a Ele em amor, aprendendo com Ele a sermos como Jesus foi, totalmente fiel em todos os sentidos.
Jesus falava das coisas que havia ouvido do Pai, ele ensinava seus discípulos o que havia aprendido, mas algo ainda mais precioso em Jesus era que Ele colocava em prática tudo o que aprendeu com Deus e com Sua Palavra... Que sejamos assim, como Jesus para honrar a Deus e Seu filho amado que tanto O alegra!

Deus abençoe!

Paula Prado

6 de nov. de 2011

O ARREBATAMENTO

Anime sobre o arrebatamento, ótimo para mostrar para crianças, adolescentes e alguns adultos que gostam de animes.

4 de nov. de 2011

Crentes feridos estão esquecidos nas trincheiras


Trinta milhões de crentes feridos estão esquecidos nas trincheiras

A igreja talvez seja hoje o único exército do mundo cujos soldados não voltam para buscar seus feridos no campo de batalha.
Ao contrário, substitui-os rapidamente no batalhão e segue em frente, esquecendo-se que muitos soldados de valor ficaram à beira da morte pelas trincheiras.
Caso o último censo do IBGE tivesse incluído questão sobre o número de "desviados" no Brasil, o resultado seria assustador.
Calcula-se que hoje existam no País entre 30 milhões e 40 milhões de "desviados".
Por "desviados" entenda pessoas que um dia tiveram seus nomes no rol de membros de algum grupo cristão, mas que hoje estão à margem da vida da igreja.
Estas pessoas - cuja boa parte povoa hospícios e presídios, ou carrega saco às costas, vaga errante à beira de estradas - um dia confessaram alegremente a Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor e no outro se viram literalmente jogados na sarjeta espiritual.
Nesse contingente de desviados há casos para todo tipo de pessoas. Do endurecido ao desprezado, do chafurdado na lama pelo engano do pecado ao desesperado para sair dele, mas sem ninguém para estender a mão.
É desta classe de pessoas que trata esta edição. De pessoas desesperadas por uma nova chance, mas sem ter a quem recorrer porque, sabem, o único lugar onde encontrariam novamente a paz para suas almas é a igreja, mas ali, pensam, há santos demais para admitir o retorno de um filho pródigo como ele.
Afinal, com ou sem motivo, um dia foram expulsos sumariamente. Seja porque inadvertidamente cortaram os longos cabelos ou caíram em erros considerados "sem volta" por sua igreja, como o adultério.
Foram disciplinados, escrachados, alijados da comunhão e, não raro, se excluíram ou foram excluídos. Como Satanás, foram expulsos do paraíso. Como Caim, receberam uma mancha na testa e foram condenados a andar errantes pelo mundo pelo resto de suas vidas miseráveis. O problema é que em seus casos específicos, não foi Deus o autor do juízo sumário.
Com tamanha carga sobre as costas, voltar é passo difícil, em algumas situações, impossível.
- A própria igreja discrimina os desviados - constata Sinfrônio Jardim Neto, líder do ministério Jesus não Desistiu de Você, de Belo Horizonte, dedicado à restauração da vida dos desviados.
- A igreja vê o desviado como se fosse Judas Iscariotes, que traiu a Deus e a igreja. E o trata como se fosse lixo que precisa ser retirado daquele ambiente. Mal sabe que o desviado é como o ouro de Deus que se perdeu na lama podre. Está perdido na lama, mas ainda é ouro e precisa de gente interessada, garimpeiros que estendam a mão e vasculhem até encontrá-lo".

Uma igreja de 200 membros perde outros 400 em 10 anos!

Na próxima vez em que for a um culto, pare um instante e olhe à sua direita e esquerda. Agora, saiba que daqui a dez anos é possível que a senhora, o jovem sorridente e o austero senhor que estão em cadeiras ou bancos próximos a você cantando louvores estejam completamente afastados da igreja,amargurados com Deus e entristecidos por algum motivo.
De acordo com estatística do pastor mineiro Sinfrônio Jardim Neto, uma igreja de 10 anos de funcionamento que tenha mantido média de 200 membros viu passar por seu rol ao longo dessa década o dobro desse número. Uma evasão como essa explica a conta fictícia do parágrafo anterior.
Segundo as contas que têm feito ao longo de suas inúmeras campanhas em igrejas brasileiras desde 1994, quando começou a trabalhar com desviados, 400 pessoas que passaram por uma igreja que tem média de 200 membros estão desviadas hoje.
Em português claro e chocante: a igreja permanece com sua média de 200 membros, substituindo-os naturalmente. Mas essa rotatividade originada na dificuldade de "fechar a porta dos fundos" resulta ao final de 10 anos em perda de 200% no número de pessoas.
Esses números, destaca Sinfrônio Jardim, são relativos apenas a desviados. Aqui não estão incluídos outros itens, como mudança de membro para outra igreja.

Expulso da igreja porque não usava chapéu

As causas para o chamado desvio de pessoas na igreja são variadas, explica Sinfrônio Jardim Neto. Desde o abandono da fé em razão da volta voluntária ao pecado até a exclusão pela liderança da igreja em decorrência de coisas pequenas mas consideradas pecado, por eles.
Em suas viagens Sinfrônio Jardim diz que encontra situações de exclusão que seriam hilárias se não fossem tão perniciosas às vidas das vítimas.
Pessoas que foram excluídas por causa do legalismo exacerbado de igrejas cujos líderes zelosamente disciplinaram com exagero pequenas contravenções. Na ânsia de limpar o pecado, jogaram fora o "pecador" junto com a água suja.
- Vejo gente sofrendo, afastada da igreja por causa de coisas pequenas, como ter cortado o cabelo, ter deixado a barba e até, pasme, por ter sido visto andando de bicicleta. Uma vez, em Campos, no Rio, conheci um homem que foi expulso da igreja porque não usava chapéu, como ordenava o estatuto da igreja.

Falsas profecias levam muitos ao desvio.

Outra causa para o apartheid espiritual de muitos é a decepção com lideranças. O membro procura alguém para confessar uma fraqueza ou pecado e, em vez de perdão e ajuda para vencer o mal, recebe maior ordenação.
As profecias falsas são também causa importante de desvio da fé.
Inúmeras pessoas naufragam depois de receber profecias falsas. A pessoa tem o filho doente, por exemplo, e recebe uma "palavra de Deus" de cura. Pouco tempo depois a criança morre. Ela fica desesperada. Ou então ouve que deve se casar com alguém porque é vontade de Deus. Obediente, casa-se e algum tempo depois percebe que a voz ouvida não era da parte de Deus. Em vez de se decepcionar com o homem, decepciona-se com Deus e sai da comunhão, explica o pastor Sinfrônio Jardim.
E há, claro, o grande número de pessoas que se aproxima de Deus seduzidas por propaganda enganosa. Chegam porque alguém lhes prometeu prosperidade aqui e agora, mas não percebem as implicações do discipulado a Cristo. Querem as bênçãos do cristianismo, mas nada de porta estreita e caminho apertado.
Querem sair do mundo, mas levar o pecado a reboque. "Querem a salvação, mas não querem largar o pecado", resume Sinfrônio Jardim.
Por último, a decepção contra o próprio Deus é causa de afastamento de muitos. A pessoa é uma crente fiel e, de repente, alguém a quem ela ama morre, por exemplo.
Nesse caso, se não tiver alicerces firmes em Deus, ela culpa a Deus pelo infortúnio. Age como se Deus tivesse sido ingrato com ela, sempre tão fiel e, portanto, a seus olhos, merecedora de recompensa.

Poucas visitas ao desviado resultam em maior condenação

Depois que experimentam a expulsão do paraíso, poucos conseguem encontrar lugar de arrependimento. Pior é que se forem depender de boa parte da igreja para isso, já terão na mão o passaporte para o inferno.
Na pesquisa de Sinfrônio Jardim Neto, entre 60% e 70% dos desviados não recebem qualquer visita de líderes ou membros após sair da igreja. São simplesmente descartados ou substituídos por outros membros.
O restante dos desviados (entre 40% e 30%) recebe de uma a três visitas, que se revelam infrutíferas, porque na maioria das vezes a visita é de cobrança ou condenação.
Em vez de amar o pecador e odiar o pecado, os visitantes lançam ambos na cova profunda do inferno. Jogam pedra, condenam. Decretam o inferno-já para o pecador. "É como bater de vara sobre a ferida de alguém... o ferimento e a dor só vão aumentar", compara Sinfrônio Jardim.

Hospícios e presídios estão lotados de ex-crentes

Ainda segundo a pesquisa de Sinfrônio Jardim, existem três lugares onde sempre vai se encontrar desviados: nos hospícios, nos presídios e na mendicância.
- Vá a um hospício e ali você encontrará muita gente internada que recita versos bíblicos e canta canções cristãs. Estas um dia se afastaram, caíram em pecado e os demônios tomaram conta de sua vida. Ficaram endemoninhadas.
- Depois visite um presídio e você encontrará inúmeros josués, elias e samuéis.
Detentos de nomes bíblicos, que demonstram o berço cristão. Ali você começa a conversar com um deles e descobre que é filho de presbítero de igreja.
- Por último, passe próximo a rodoviárias e estações de trem outente conversar com um andarilho de beira de estrada. Pelo menos três entre dez destas pessoas que andam bebendo errantes, sacos de bugigangas às costas, já participaram de uma igreja cristã. Ali, não raro, você encontra homens que um dia ocuparam solenes púlpitos e pregaram o evangelho.
E por que não voltam? Sinfrônio Jardim entende que a falta de perdão a si próprio e da própria igreja e o entendimento errado de que o que fez é imperdoável por Deus e afastam-nas cada vez mais do ponto de retorno.
- Mais da metade dos que se desviaram tem problemas sérios com o ressentimento e falta de perdão. Não voltam porque não conseguem perdoar, ou não querem perdoar ou acham que não merecem perdão.
O peso que está sobre a pessoa fica insuportável às vezes, explica Sinfrônio Jardim. Há denominações, por exemplo, que pregam que quem pratica adultério jamais será perdoado. Ora, com um decreto como esse na cabeça, o pecador desiste de qualquer tentativa de reconciliação com o Deus irado que lhe foi pintado e se transforma em um monstro na terra. Passa a praticar os mais baixos pecados, porque, pensa, se já está condenado ao inferno por toda a eternidade, resta aproveitar seus dias na terra.

Poucos saem em busca da ovelha extraviada

Hoje a maioria das igrejas não possui qualquer trabalho específico para trazer suas ovelhas desviadas de volta ao aprisco. Ninguém pensa em deixar suas 99 ovelhas e sair atrás da centésima, extraviada.
Sinfrônio Jardim também tem explicação para esse fenômeno. Afirma que na visão expansionista de muitas igrejas hoje é pouco lucrativo deixar 99 ovelhas e sair por lugares ermos atrás de uma ovelhinha extraviada que nem sabe se está viva ou que talvez esteja tão ferida que não tenha chance de sobreviver.
- Muitos acham que não vale a pena tamanho esforço, que vão perder tempo. E, para aliviar suas consciências, usam o argumento de que a pessoa já conhece a palavra.
Outros chegam a usar versos bíblicos para justificar o esquecimento. "Saíram de nós porque não eram dos nossos..." é um dos mais recitados.
A falta de visão de restauração descrita por toda a bíblia é ignorada nesses casos.
"Buscar ovelhas perdidas é visão antipática em muitas igrejas", lembra Sinfrônio Jardim. "Isto porque quando o membro sai, geralmente sai falando mal da igreja ou do pastor.
Acaba ficando mal visto dentro da própria igreja que, em vez de amá-lo e perdoá-lo, passa a tratá-lo como ovelha negra. Desta forma, quando alguém se dispõe a ir atrás dessa ovelha perdida, torna-se também impopular e corre o risco de ser também mal visto. E poucos estão dispostos a isto".

Igreja Batista da Lagoinha foi buscar três mil desviados:

O retorno, com sucesso, dos desviados à igreja depende, basicamente, da atitude da igreja. "A porcentagem de desviados que retorna à igreja não passa de 10% no Brasil, mas se a igreja toma uma atitude de ir buscá-los, consegue até 80% de sucesso", afirma o pastor Sinfrônio Jardim.
Bons exemplos não faltam: a Igreja Batista da Lagoinha, de Belo Horizonte, já reagrupou três mil pessoas ao seu rebanho de trinta mil pessoas em pouco mais de dois anos. Ali, o pastor César Teodoro dirige o ministério "A centésima ovelha", junto com o líder principal da igreja, Márcio Valadão.

A igreja Assembléia de Deus em Brasília, dirigida pelo pastor Elienai Cabral, também tem obtido sucesso no resgate aos seus desviados. Outra Assembléia de Deus, dirigida por Daniel Malafaia, em Campo Grande (MS), tem obtido sucesso semelhante.

"Fomos amados. Apenas amados. E isso fez toda a diferença"

O casal Valmir Soares e Alina é exemplo perfeito de filhos pródigos restaurados. Conheceu a Deus, resolveu seguir seus próprios caminhos, reconheceu o estado em que estava, conseguiu forças para voltar, foi recebido com festa e experimentou a restauração em suas vidas, nesta ordem:

A primeira experiência de Valmir e Alina com Cristo aconteceu em 1987. Por um ano e meio eles se relacionaram com Deus e com a igreja local que freqüentavam, em Campinas, SP. "O problema é que não abri totalmente o coração naquela época. O resultado é que, ao longo do tempo, fui esfriando, as coisas foram ficando difíceis e eu acabei tomando duas decisões erradas, que resultaram no meu afastamento da comunhão".

- Aí não tem jeito, você entra mesmo no pecado e fica até pior. Comecei a praticar coisas horríveis e a mentir para minha esposa. Quando pensava em voltar, havia sempre a voz acusadora do diabo, dizendo que eu era indigno, que ninguém iria me receber; enfim, que já não tinha volta. Eu me lembrava dos irmãos, da alegria e do amor que desfrutávamos, mas o pecado me impedia de voltar.

- Outra coisa que me impedia de voltar era a presunção, lembra Valmir. "Dizia para mim mesmo: tenho o Senhor na Bíblia... não preciso voltar. Eu não tinha o entendimento de que é o corpo quem nos sustenta".

- Mas, aí, Deus usou a vida do próprio casal que nos falara inicialmente de Jesus, os irmãos Hélcio La Scala Teixeira e Isabel, hoje pastores em São José dos Campos, SP.
Valmir relembra: "Um dia, depois de uma conversa franca com eles e de novo convite, eu e minha esposa resolvemos visitar a igreja novamente. Enchemo-nos de coragem e fomos. Era um domingo de setembro, em 1992. Fomos recebidos, literalmente, como filhos pródigos. A maioria dos irmãos nos abraçou, orou conosco e, pela graça de Deus, fomos tocados novamente. Fiquei mais de uma hora chorando num canto, arrependido".

Hoje o casal está restaurado e integrado na vida normal da igreja.

- "O melhor de tudo, diz Valmir, é que, em tempo algum, recebemos o menor olhar de acusação dos irmãos. Nem mesmo por parte daqueles que nos tinham aconselhado anteriormente e a quem não tínhamos dado ouvidos. Ninguém disse: 'Eu te avisei.' Fomos amados. Apenas amados. E isto fez toda a diferença".

Um desvio monstruoso

• Há hoje, apenas no Brasil, entre trinta e quarenta milhões de pessoas que um dia freqüentaram alguma igreja evangélica.

• Uma igreja de dez anos, que manteve média de duzentos membros, viu passar, por seu rol, o dobro desse número. Isto é, quatrocentas pessoas que passaram por essa igreja estão desviadas hoje.

• A porcentagem de desviados que retorna à igreja não passa de 10% no Brasil.

• Entre 60% e 70% dos desviados, estes não receberam qualquer visita de líderes ou membros quando decidiram sair da igreja.

• Entre 40% e 30% receberam de uma a três visitas, que se revelaram, na maioria das vezes, de cobrança ou condenação.

• Hospícios e presídios são os lugares de destino de boa parte dos desviados.

• De cada dez andarilhos, três deles freqüentaram alguma igreja um dia.

• A maioria dos desviados (acima de 50%) é afetada pelo ressentimento com sua liderança


NOTA: Número de desviados é desconhecido pela Sepal:

O número estimado de 30 milhões a 40 milhões de desviados no Brasil não é corroborado pela Sepal - Serviço de Evangelização Para América Latina. Missão internacional estabelecida no Brasil há mais de 30 anos, a Sepal tem um departamento especialmente voltado a pesquisas relacionadas ao meio cristão no Brasil e na América Latina.

A secretária do departamento de pesquisas da Sepal, Mércia Carvalhaes, explica que hoje no Brasil nenhuma instituição possui números oficiais sequer sobre a quantidade de cristãos no Brasil e muito menos sobre o número de desviados.

- Concordamos que há muitos desviados no Brasil, mas é impossível dimensionar a quantidade, afirma Mércia Carvalhaes. "Seria necessário fazer pesquisa específica a isso. E a gente não conhece ainda nem os evangélicos.

Queremos saber primeiro onde estão as igrejas e as pessoas que realmente as freqüentam para então levantar outros dados, como o de desviados, por exemplo". O movimento Brasil 2010, também da Sepal (www.brasil2010.org) está tentando localizar as igrejas evangélicas no Brasil.

- Ora, se não sabemos quantos somos, como saberíamos o número de desviados, pergunta Mércia Carvalhaes. "O que sabemos apenas é que a porcentagem de evangélicos no Brasil é de 17% da população". O fato é que 17% da população brasileira corresponde a cerca de 30 milhões de crentes e que desse universo muitos se desviaram ou se desviam.

A pesquisadora da Sepal informa que nem mesmo a pesquisa do IBGE é confiável, porque os recenseadores da pesquisa em 2000 não foram treinados para ver as diferenças de religião. Ainda assim, ressalva, os dados do IBGE são os únicos disponíveis.
Luís Montanin