Há muitas formas de se comunicar uma mensagem, seja por meio de recursos audiovisuais, apresentações artísticas como danças e teatro, mas a mais tradicional e bem sucedida de todas é a prática da comunicação verbal, por meio dos sermões, da pregação da Palavra falada diretamente para os ouvintes de uma comunidade.
Atualmente estão em evidência os sermões textuais e os expositivos, sendo que os textuais se restringem a um texto curto da Bíblia, que será orbitado pelas ilustrações e argumentos do pregador do início ao fim da mensagem, já o sermão expositivo não se restringe a um pequeno texto, ao contrário, ele contemplará sempre mais do que três versículos e por conta disso não permitirá um trabalho minucioso sobre todas as palavras empregadas no sermão, será necessário escolher bem os comentários e os esclarecimentos, mas é o tipo de sermão considerado de maior exigência de preparo, é um sermão que primeiro impactará o pregador, que o levará a orar mais, estudar mais e se tornar cada vez um pregador melhor.
Os sermões temáticos ao contrário, não se restringem aos textos bíblicos, mas normalmente utilizam textos bíblicos para chancelarem o que se está sendo explicado como uma verdade bíblico-teológica, mas existe o perigo de o pregador não se referenciar pela Bíblia e não falar algo que realmente alimente os ouvintes, se ater a assuntos do cotidiano, lidos em jornais ou mesmo experiências pessoais.
Espera-se do pregador um sermão estruturado com uma introdução feita sempre com oração e leitura do texto bíblico, na sequência o que é chamado de exórdio, quando o pregador atrairá a atenção dos ouvintes. Se o pregador não for eficiente na parte do exórdio, dificilmente terá a atenção das pessoas até a conclusão da pregação. Em seguida se faz a explicação do texto bíblico e então se conclui a introdução com a proposição que é a proposta do sermão.
Após a introdução o sermão segue com o seu corpo argumentativo, quando as questões abordadas na proposição serão minuciosamente respondidas e a isso chamamos de desenvolvimento.
Outra parte importante para dar fluência e clareza ao discurso é a frase de transição porque ajuda a subdividir o desenvolvimento para se obter uma compreensão mais profunda. Essas frases não precisam ser enunciadas pelo pregador, mas o ajudarão a organizar o sermão.
A conclusão ou peroração deve ser cuidadosamente preparada para que os ouvintes entendam o objetivo da pregação, “a moral da história”, uma argumentação que responde as questões abordadas durante a proposição e o desenvolvimento. Outra parte importante na conclusão é uma breve recapitulação e a apresentação de desafios que sejam relevantes para os ouvintes.